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Mostrando postagens de setembro, 2018

Questionamentos

Entender é a palavra. Entender! Entender qual a força que nos une Ainda que guardemos, dentro de nós, tamanha intemperança. Os opostos se manifestam no mundo, Como metáforas aterradoras! São vales que desafiam montanhas Águas que da pedra brotam É a terra que, de suas entranhas, Através dos vulcões lavas soltam. São rios que, em suas torrentes, A desafiar a seca que se inicia, Vertem a água que propicia O verdejar do solo, em beleza envolvente. Florestas exuberantes, de infinita beleza Que, a despeito da serra que a fere, Há uma força intrínseca da vida que tudo gere E que sempre faz recuperar sua grandeza Entender, volto a palavra E não sei onde vou chegar Neste Brasil de miseráveis, de pessoas Esperançosas Há tantos vultos, gente mal-intencionada, viciosas que Para defender a igualdade, criam Divisão. Antes, éramos uma única nação. Agora, somos dezenas de grupamentos! Cada qual com sua espada, em regimentos A lutar na a...

Palácio Imperial

De que lado começo meu poema? De que lado se, ao contemplar-te, não vejo senão escombros? — História viva transfigurada em cinzas. Não restou nada — nem mesmo para nossa nostalgia — Senão as tardes de domingo ensolaradas E a cor de sonho amarelo ocre de tua fachada! Foram-se os Príncipes, os Imperadores. Foi-se a Princesa! Já não mais saberemos como viveram os ícones de nossa história. Oh, que passado de glórias! Oh! Que presente de ruinas! Em tua fuligem um pouco de todos nós subiu aos céus, Na vertigem de destruição que nós próprios engendramos. Irresponsáveis que somos com o passado, Imperdoáveis que seremos para o futuro! Oxalá que tudo em ti fossem as sarças que, Ao fogo, não se consumiram! — Sagrado para o Brasil que eras e que sempre serás. Assim como o Cristo, Projeta tua sombra sobre nós, Palácio Imperial! Apazigua nossa alma jovial e irresponsável, E continua a sustentar os alicerces de nossa Pátria Com as tuas paredes.   ...